Carpe Diem

E que venha a loucura

E que venha com toda a força

Força que me faça despencar das minhas próprias crenças

Crenças loucas


E que venha a fé

E que venha você

Renda-me!

Lute e enlouqueça também

Fuja da realidade

E se entregue às oportunidades...


Abandone a sua razão insana

E se afogue nesse mar de incertezas

Seja puramente profana

E que o nosso juiz seja a nossa vontade


E que o nosso controle e bom senso sejam passageiros

Viajantes de longa data

E que se percam na nossa odisséia

Na nossa aventura

Com nossa loucura

Buscando o porquê de ainda existir...

(Noturno)

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

CONTINUAÇÃO DO CAPÍTULO III... PARTE 4: Vinho, lágrimas e rock and roll

Um pouco bêbado, confuso, alegre, triste, entre outras coisitas mais. Pietro ansiava por ver Alice chegar, não via a hora de concluir o plano com sucesso. Beijava Bianca como louco, declarava amor a ela como se fosse a última mulher do mundo, definitivamente o seu papel, era ridículo. Não demorou muito e ele a avistou de longe. Naquele momento seu coração tremeu como se algo o segurasse tentando impedi-lo, mas a hora era aquela e ele sabia que não poderia deixar passar.
            Alice estava linda apesar de suada, aparentemente cansada dava a impressão de ter caminhado um pouco até o local da festa, mesmo assim, ele deu início a sua vingança. Arrastou Bianca pelo braço e seguiu em direção a casa. Ele sabia que ela iria até porque Bianca não era do tipo que dificultava as coisas. Durante o percurso pediu, para que uma amiga fosse até Alice e dissesse que ele a esperava lá dentro.  A garota foi a toda acreditando que ele realmente a esperava, enquanto isso Pietro beijava Bianca dos pés a cabeça e ia tirando a roupa dela bem lentamente... Não demorou muito e Alice chegou. O que ela viu foram duas pessoas praticamente transando no quarto em que ela buscava encontrar o seu príncipe. Ela não conseguiu segurar as lágrimas. Olhava para a cena e depois para si e sentia-se uma verdadeira palhaça por ter se preparado tanto, abdicado tanto. Pietro logo percebeu o seu choro, olhou para ela e simplesmente sorriu. Como se ela não estivesse ali, como se ela fosse apenas mais uma qualquer. Logo depois Miguel chegou e quando todos viram o movimento dentro da casa, todos correram para lá. Afinal de contas, quem não gosta de uma fofoca? De um lado Pietro na cama com Bianca, do outro Alice e Miguel parados atônitos e no meio disso tudo a multidão da festa que já começava a rir em coro, rir principalmente de Alice que já se desmanchava em lágrimas, meio sem entender ao certo o que acontecia ali, e ele do alto da sua prepotência se achou no direito de dizer:
- Você provocou isso sua imbecil. Tudo isso aqui é resultado dos seus atos, se não tivesse sido tão vagabunda, eu não teria feito isso tudo...
- Pietro, esse não é você...
- Sou eu sim e sei que você está doida para se juntar a nós...
- Cala a boca Pietro... Disparou Miguel.
- Irmãozinho, essa aí não vale nada... Eu te jurei que ia me vingar.
- Pietro você não tem idéia do que está fazendo.
- Tenho sim, e sei que ela olha pra mim agora e sabe o que perdeu...
- Eu perdi o garoto que me apaixonei... Você me mostrou quem é realmente. Eu larguei tudo por você. Tudo... E você me julgou tão rapidamente que sequer tentou observar se eu era realmente culpada.
- Eu vi você beijando outro cara! E ninguém pode desmentir o que eu vi!
- Você é muito idiota...
- Pietro, o que é isso tudo?
- Cala a boca Bianca, o que eu queria de você eu já consegui...
- Como você pôde ser tão baixo, tão nojento... Usando até o seu melhor amigo... Você não merece nem meu desprezo, faça-me um favor. Nunca mais, se aproxime de mim...
- Vadia!
- Cala a boca Pietro.
- Eu não calo Miguel, essa vadia me fez me sentir como um lixo!
- Mas depois de hoje, é justamente isso que eu acho que você é...

Após essa frase Alice deu as costas, e como havia prometido nunca mais me olhou de novo. Não demorou muito para eu descobrir toda a verdade, para a escola inteira descobrir toda a verdade, Bianca tratou muito bem disso, até porque ela também nunca me perdoou e o resto do seu tempo na escola foi apenas para difamar e espalhar essa história.
Eu me tornei um verdadeiro leproso lá dentro, não tinha amigas e os poucos rapazes que me conheciam olhavam para mim como se eu fosse um otário, até eu achava isso... Não posso condená-los por esse motivo. O único que se manteve ao meu lado de verdade foi Miguel, com o tempo, após me perdoar, ele cuidou de mim. Ele me ajudou a curar feridas que eu imaginava que jamais seriam curadas. A pior dor era saber que tudo tinha sido eu... Ninguém tinha provocado a minha dor, eu mesmo a causei. Depois de um tempo, Alice saiu da escola... Dizem que o motivo era porque não suportava estar no mesmo ambiente que eu. E depois de tantos anos, aqui estou no Casarão diante dela...
            Era ela, estava mudada, mas ainda era ela... Aquele olhar jamais pertenceria a outra pessoa e eu desde aquele momento sabia que já estava perdido. Não imaginava reencontrá-la, não ali, não naquele momento, não sabia sequer o que dizer... Eu simplesmente respondi...
            - A...a...a...alice?
Fim do capítulo III AGUARDEM OS PRÓXIMOS CAPÍTULOS!!!

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