Carpe Diem

E que venha a loucura

E que venha com toda a força

Força que me faça despencar das minhas próprias crenças

Crenças loucas


E que venha a fé

E que venha você

Renda-me!

Lute e enlouqueça também

Fuja da realidade

E se entregue às oportunidades...


Abandone a sua razão insana

E se afogue nesse mar de incertezas

Seja puramente profana

E que o nosso juiz seja a nossa vontade


E que o nosso controle e bom senso sejam passageiros

Viajantes de longa data

E que se percam na nossa odisséia

Na nossa aventura

Com nossa loucura

Buscando o porquê de ainda existir...

(Noturno)

terça-feira, 15 de maio de 2012

Continuação do Capítulo V


...
Dalila demorou pouco mais de 10 minutos para chegar até a minha sala, sentar e sorrir. Eu sabia que ela sabia, qualquer idiota perceberia que eu desejava fazer daquela reunião de negócios uma forma de apagar minhas mágoas sobre Alice. Eu sei, eu sei, não é a postura mais nobre, mas que se foda. De certa maneira eu sentia que ela também queria aquilo. E quando eu já me concentrava na primeira cantada, ela disparou:

            - Bem Pietro, eu serei direta e clara, até porque conheço o seu gênio e sei que você odeia rodeios. Quero abrir um curso e você é o nome mais indicado para ser o meu sócio. Quero você ao meu lado, até porque você possui todas as qualidades que eu busco. Você é firme, jovem e não se curva a ninguém. Preciso de pessoas assim.
            Aquilo definitivamente era brochante e adivinhem, mais uma vez eu não sabia o que fazer, restava apenas ouvir a proposta dela e encher nossos copos com whisky, talvez a noite terminasse bem, mesmo sabendo que no fundo eu iria meter a mão mais uma vez em merda.
            - Ficou sem voz Pietro? Eu entendo, mas sei que nós dois desejamos nos livrar daquela Escola e o único caminho é esse. É a única forma de nos livrarmos dos domínios de Eva.
            - Olha Dalila, eu não sei bem o que você viu ou vê em mim, mas acredite, eu não sou a pessoa mais indicada para isso.
            - Pietro!
            A voz dela invadiu a sala e me paralisou. Nunca tinha visto aquele olhar, aquela força e meio que sem perceber, eu já estava rendido.
            - Até quando você ficará em cima do muro? Até quando você se comportará como se não estivesse no jogo? Não dá para evitá-lo Pietro! Ou você entra pra valer na partida ou será engolido por ela, não há outro meio. Somente poderemos quebrar as forças daquela maldita Escola entrando ainda mais nela, iremos implodi-la e quando Eva menos perceber já conseguiremos tomar tudo o que um dia ela roubou de nós. É a nossa sobrevivência.
            - E qual o papel de Abel nisso?
            - Ora Pietro! Você mais do que ninguém sabe que Abel é o cara mais próximo da diretora, se nós conseguirmos manipulá-lo vamos fazer com que ele diga exatamente o que ela quer ouvir, se controlarmos a informação, controlaremos tudo. Você sabe disso.
            Ela estava correta... Mas...
            - Não pense muito, é agora ou nunca. Seu desejo de revidar começa agora.

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